16 de dezembro de 2011

Birra - não teve como escapar - agora é SUPERAR!


... na tentativa  de me 'aprimorar' na arte de ser mãe,  recorro à leitura.
Não imaginei  que certo assunto  rendesse tanto: a birra!

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A birra acontece para a criança testar os nossos limites, expressar suas vontades e funciona até mesmo como um pedido de ajuda. Mas é inconsciente! É como se ela nos falasse: Ei, eu não sei lidar com essa frustração e explodi!
Nos poucos minutos que duram o ataque, você entra em desespero. Não sabe o que fazer para controlar seu filho enquanto seu nervosismo chega à flor da pele. Lidar com esses escândalos, principalmente quando acontecem em público, é difícil mesmo, mas é bom pensar que essa é uma ótima oportunidade para educá-lo e para reverter a cena de forma que não volte a acontecer. Pelo menos enquanto durar a nossa esperança.
“Educar é o desafio de toda uma vida, é cansativo, dá trabalho, mas traz recompensas maravilhosas.
Para trilhar por esse caminho, o primeiro passo é manter a calma e não levar a provocação da criança para o pessoal, ou seja, se sentir desrespeitado, abusado, ou achar que seu filho está fazendo você de bobo. Não é por aí. Aquele ser tão pequenino não tem noção que mexeu com o seu orgulho ou que o desafiou. Não caia nessa!”, afirma Silvana Rabello, psicóloga e professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
 
Birra é tema de pesquisa norte-americana  -  Começa com um simples choro, evolui para um berreiro e geralmente acaba com a criança esperneando no chão e, consequentemente, expondo seus pais a um cena clássica e constrangedora.
A birra. De acordo com os pesquisadores das Universidades de Minnesota e Connecticut, nos Estados Unidos, durante um ataque desses os sentimentos de raiva e tristeza se revezam, por isso é importante que os pais não entrem no jogo.
Para chegar à tal conclusão, eles gravaram a choradeira de crianças e, com esses dados, desenvolveram um gráfico para estabelecer um padrão entre os ataques de birra. O resultado deve ajudar os médicos a diferenciar as birras comuns daquelas que podem sinalizar algum distúrbio comportamental.
Mas se o seu filho é mestre em dar escândalo, não se preocupe. "A birra é um impulso puro e simples. É normal e faz parte do desenvolvimento”, diz Silvia Hey, psicanalista infantil professora da Universidade Pequeno Príncipe , de Curitiba (PR).
O melhor a fazer diante do berreiro, sugerem os cientistas norte-americanos, é ficar quieto, ou seja, não ceder ao apelo. O que sabemos, claro, nem sempre é tão simples. A seguir, listamos algumas dicas para ajudar você.

10 passos para lidar com a birra da criança. E não perder a classe

1. Por pior que seja o “espetáculo”, NUNCA, JAMAIS, em tempo algum bata no seu filho.
2. Antes de sair, previna-se de possíveis contratempos. Se vai ao supermercado, fale que a criança tem direito a escolher dois doces, por exemplo.
3. Não ceda às manipulações. Mostrar que birras não dão resultado é um jeito de desestimulá-la a repetir a cena.
4. Avise seu filho que só conversará com ele depois que ele se acalmar (e você também...).
5. Se precisar dar uma bronca na criança, espere ela terminar de espernear e explique por que está sendo punida. É importante que ela entenda o que fez de errado e, para isso, precisa estar tranqüila para conseguir ouvir o que você tem a dizer.
6. Não brigue com seu filho na frente de todo mundo; isso o fará se sentir humilhado.
7. Desvie o foco da criança. Mostre um objeto diferente, o cachorrinho passando na rua, o avião lá no céu... Use a criatividade!
8. Algumas vezes, por trás da birra existe uma criança com fome, sono ou carente. Se for esse o caso, responda pacientemente e faça um carinho. Às vezes, é só disso que ela precisa.
9. Simplesmente ignorar a birra também pode dar bons resultados. Respire fundo.
10. Se não tiver como conter o show no meio da loja, simplesmente pegue seu filho no colo e vá embora. Sem escândalos. Ele vai perceber que não adiantou nada e você evita o constrangimento.
 
7 coisas que você tem de saber sobre a birra

1. Qual é a idade da birra?   O tipo de birra clássica – aquela que a criança adora fazer no supermercado, batendo o pé, berrando, se jogando no chão e que deixa a gente morrendo de vergonha – acontece com mais frequência entre 2 e 5 anos, mas pode começar a partir dos 6 meses e só terminar aos 8!
Muito depende do tipo de criação que a família vai dar e outro tanto da personalidade da criança. Caso seu filho ultrapasse os 6 anos ainda tendo ataques de birra constantes, é melhor procurar a ajuda de um especialista. Pode ser que ele esteja sofrendo com algum problema ou acontecimento recente. Mudança de casa, de escola, a morte de um parente querido ou de animal de estimação, a separação dos pais e até mesmo a falta de diálogo em casa podem atrasar o desenvolvimento da criança. Essa é uma das formas de ele pedir socorro.
2. Por que ela acontece?  Isso acontece porque as crianças ainda não têm maturidade suficiente para lidar com uma determinada frustração e acabam explodindo. Essa explosão vem em forma de choro incontrolável, gritos e aquela movimentação intensa difícil de conter. Na verdade, em algumas situações, as crianças estão testando o limite dos pais para descobrir até onde podem chegar. Outras vezes, a birra é apenas um pedido de ajuda inconsciente para lidar com um sentimento novo que é a frustração.
3. Dá para evitar? Sim, porque o ataque de birra começa muito antes dos berros e do choro. É uma manha, um pedido que não pode ser realizado, um lugar muito agitado e cheio de gente ou sono, cansaço etc. Quando os primeiros sinais surgirem, é hora de negociar levando em conta a idade da criança. Se você precisa enfrentar um lugar tumultuado, converse com seu filho antes de sair de casa e deixe claro o que não será permitido. Se na hora H, uma situação fugir do controle, e a criança pedir um brinquedo, por exemplo, tente negociar.
• Até 2 anos: se vir que o não vai magoar a criança, em qualquer situação, mude de ambiente para distraí-lo e proponha uma brincadeira.
• Entre 2 e 5 anos: converse e prepare-o! Diga a ele para escolher para o aniversário ou para a próxima data festiva. Você também pode avisar que aquele brinquedo é muito caro e sugerir um mais barato. Se não puder comprar, é melhor falar a verdade. No caso de ter que levá-lo a um shopping ou mercado, peça a ajuda do seu filho. Pegar um produto na prateleira, segurar uma sacola bem leve, pergunte a opinião sobre uma cor de roupa. Ele precisa se sentir útil para não ficar irritado.

SEMPRE: Não esqueça que tudo deve ser dito na linguagem que a criança entenda. Usar tom “de adulto” é cansativo, difícil e chato. E, claro, sempre conversar com a criança baixando até a altura dela.

3 tipos de pais mais vulneráveis a ter filhos (bem) birrentos

Pais culpados - Trabalham fora o dia inteiro e se sentem em falta com as crianças. Acabam mimando demais os filhos e as crianças logo percebem essa fragilidade e passam a abusar.
Pais superprotetores - Não querem que seu filho sofra nenhum tipo de frustração. E não entendem que a criança, quando se frustra, consegue se desenvolver melhor emocionalmente.
Pais acomodados - Pensam que, se falarem, vão gerar confusão com as crianças. Por isso, preferem ficar quietos. São pais que não priorizam a educação, e sim a sua própria individualidade, o seu momento.

* fonte: Revista Crescer

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