17 de fevereiro de 2011

dos 10 ao 18 meses (a fase do fazer/fase prática)




É Neste período (denominado período PRÁTICO) que a criança vai saindo para mais distante dos pais e se inicia a independência física da mesma.
Tendo as fases anteriores frustadas, a criança iniciará neste período sensações de rejeições, incapacidade e inferioridades,sensaçoes estas que podem atrasar desde seu processo de ficar em pé e aprender a andar até outros aprendizados.
Tendo as fases anteriores bem alimentadas (estimuladas) a criança tende a ter comportamentos onde, na maioria das vezes, demonstra aceitação, capacidade e potência para bem se relacionar consigo e com os outros sabendo identificar, vivenciar e expressar adequadamente sentimentos reais (amor, raiva, tristeza, alegria e medo) que as diferentes situações da vida lhe estimulam.

É nesta fase que a criança faz a grande conquista de aprender a andar. Andar lhe dá agora condiçoes de explorar o mundo e ela faz esta exploraçao pegando nas coisas que encontra pelo caminho.
Um grande erro é retirar, ou colocar para o alto, todas as coisas do ambiente onde a criança está pois assim o adulto estará impedindo a criança de crescer na conquista de sua independência emocional e principalmente tirando-lhe a oportunidade de aprender a controlar e aprimorar a capacidade de controlar sua força e seus gestos de maneira a segurar e carregar objetos sem se machucar e sem quebrar ou estragar tais objetos.
Assim como quando ela cai, o adulto a ajuda a levantar-se e a estimula a continuar caminhando; ao quebrar ou estragar algo o adulto deve auxiliá-la a conhecer tal objeto com o cuidado necessário para sua conservaçao. O ideal é que esta criança esteja sendo observada e que o adulto interfira auxiliando-a delicadamente a segurar e conhecer os objetos adequadamente.
É destas experiências, frente ao novo, que a criança vai construindo sua autoestima em relaçao a ser capaz de realizar atividades difíceis e enfrentar com sucesso situaçoes delicadas e perigosas.
Alguns adultos têm o hábito de dar pequenas palmadas nas maos para que a criança aprenda a nao mexer em determinados objetos. Este hábito é bastante inadequado e pode instalar no psiquê da criança uma ordem de "nao mexa! Nao explore o mundo! Cuidado com coisas novas!" ou o que é pior ainda poderá lhe oferecer oportunidade de associar o explorar e conhecer coisas novas com o sofrer e o apanhar e tal associaçao poderá inibir ou lhe dar medo e vergonha de iniciar uma nova carreira profissional, um novo emprego, novos relacionamentos.

Devemos neste período dos 10 aos 18 meses estar sempre oferecendo oportunidades da criança interagir com os mais diferentes objetos inclusive aqueles como, vidro, barro, tintas, massas e líquidos que podem lhe sujar.
O que se faz necessário é uma constante vigilância impedindo-a de machucar-se ou estragar objetos que devem ser conservados.

Pais que nao permitem a seus filhos sujarem-se ou mexerem nos objetos auxiliam o desenvolvimento da timidez, do medo, impedindo a conquista da independência emocional.

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