Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Baylor College of Medicine, no Texas, sugere que não só somos o que comemos, mas também o que nossas mães comeram durante a gestação. Algumas pessoas podem achar a sugestão óbvia, mas isso não é tão certo quando a base da análise é genética e os problemas de peso se manifestam somente no filho.
Os cientistas estrangeiros estudaram um grupo de primatas gestantes que mantinham dieta com 35% de gordura e o compararam com outro no qual essa porcentagem era de 13%. Apesar de dedicarem mais de 1/3 da dieta à gordura, algumas das primatas do primeiro grupo não apresentaram obesidade. Esses problemas foram passados diretamente para seus bebês, que, após o nascimento, sofreram as conseqüências do excesso de gordura. Em análise do DNA destes descendentes, os estudiosos detectaram modificações não no código genético, mas na regulagem de alguns genes.
Existe a idéia de que a codificação de gene do bebê favorece o acúmulo de tecido adiposo. Isso ainda está em estudo. Mas, também há a questão educacional, em que a mãe deve abandonar os hábitos de alimentação errados para dar ao feto todos os nutrientes que ele precisa para se desenvolver.
Restrições protéicas ao longo da gestação podem impedir que o feto tenha seus tecidos formados perfeitamente e contribuir na não ativação de genes importantes. A alimentação da mãe deve, sim, ter seu teor de gordura, pois este componente também é necessário para a nutrição do feto. Mas, é preciso que a gestante saiba escolher as melhores fontes, e respeite as quantidades de cada elemento de seu cardápio diário.